Rondônia Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

terça-feira, Outubro 11, 2016

Fazenda Don Aro em Rondônia é Excelênia em Sustentabilidade

Para iniciar um sistema de produção. O agropecuarista desmatava a floresta e mantinha a mesma cultura por anos sem se preocupar com o enfraquecimento da terra ao longo das safras. Ao vivenciar a queda brusca na produtividade, abandonava a área degradada e partia para um novo desmatamento.  

“ É a tecnologia do futuro, a agricultura do futuro que a gente, quando fala de ILPF, tá falando dela. Hoje, no momento em que mundo apresenta essa demanda exorbitante por alimento, temos que produzir sem agredir o meio-ambiente. Não podemos, não podemos, não devemos e não precisamos mais desmatar”, diz Frederico Botelho, chefe de transferência tecnologia da Embrapa em Rondônia.

        Em meio a Amazônia Legal, Rondônia pavimenta essa via que se apresenta como única salvação do planeta. A 324 km da capital Porto Velho, no município de Machadinho do Oeste, a premiada fazenda Don Aro é excelência em sustentabilidade. É a primeira de Rondônia, segundo do Norte e décima propriedade rural do Brasil a receber o Certificado Ouro da Embrapa de BPA- Boas Práticas Agropecuárias. O Dono da fazenda Giocondo Vale, foi pecuarista durante 23 anos. Começou a formar o sistema de Integração Lavoura- Pecuária-Floresta em 2013 quando percebeu que muito boi, nos mesmo pasto por muito tempo era uma prática incompatível com fatores econômico, social e ambiental. O solo degradado na Don Aro reduziu drasticamente a produtividade. O pasto não gerava matéria verde suficiente para manter um único boi por hectare. “ Há três anos, nessa área estupidamente degradada, não tinha meia vaca acompanhada por hectare, uma produção”, diz o agropecuarista. Há dois anos, boa parte do pasto de arroz. O cultivo do grão devolveu os nutrientes da terra e fez a nova forrageira crescer em quantidade e qualidade. Aliando a recuperação do solo ás técnicas de melhoramento genético de rebanho, sistema rotacionado de pastejo e abertura de curvas de nível em área de declive para evitar erosão, o agropecuarista teve um salto em produtividade de 200%.

 

“ Hoje, no momento em que mundo apresenta essa demanda exorbitante por alimento, temos que produzir sem agredir o meio-ambiente. Não podemos, não devemos e não precisamos mais desmatar”.

Frederico Botelho (chefe de transferência de tecnologia da Embrapa - RO)

 



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